66% dos sites de reservas de viagens não são confiáveis

66% dos sites de reservas de viagens não são confiáveis
Dois terços dos 352 sites de reservas de viagens online investigados pela Comissão Europeia fornecem informação enganosa, com relação a preços

07ABR2017|11h12 – Lifestyle

Um total de 235 sites – dois terços do total de sites avaliados numa operação que teve início em outubro de 2016 – fornecia informação não confiável aos consumidores, por exemplo, acrescentando “elementos de preços adicionais numa fase tardia do processo de reserva sem informar claramente ao consumidor, ou os preços de promoção não correspondiam a nenhum serviço disponível”.

Em comunicado, a Comissão Europeia afirma que foi solicitado que os sites adaptassem as suas práticas em conformidade com a legislação comunitária de defesa do consumidor, para que as páginas sejam completamente transparentes sobre os preços e apresentem as suas propostas de uma forma clara na fase inicial do processo de reserva.

As autoridades de defesa do consumidor de 28 países (26 países da União Europeia, Noruega e Islândia) fiscalizaram um total de 352 páginas ‘online’ de comparação de ofertas e de preços, principalmente no setor das viagens.

Do total de páginas analisadas, 23,6% comparam preços de alojamento, 21,3% preços de bilhetes (avião, barco, ônibus e trem) e 5,1% preços de aluguel de automóveis. Quase metade (44,6%) apresenta uma comparação combinada de produtos e serviços (bilhetes, alojamento, pacotes de férias, etc).

A fiscalização revelou uma série de irregularidades nos instrumentos de comparação, principalmente no que se refere ao preço e à forma de cálculo e apresentação.

Em 32,1% dos casos, o preço na página da lista comparativa não era o mesmo depois apresentado na página de reserva e em 30,1% o preço total (incluindo taxas) ou a forma de o calcular não era claro.

A Rede de Cooperação no domínio da Defesa do Consumidor vai contactar os 235 ‘sites’ identificados para que corrijam as irregularidades. Em caso de descumprimento, as autoridades podem iniciar processos administrativos ou judiciais.