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Cairbar Araraquara busca apoio para projeto transformador na saúde mental

Cairbar Araraquara busca apoio para projeto transformador na saúde mental  
Diretoria do hospital e deputada Márcia Lia, empenhada em auxiliar o hospital desde o início de seu mandato, apresentaram o projeto ao candidato a prefeito Edinho Silva

8:44| 20/08/2016
Fernanda Miranda

Buscar a eficiência e fazer mais apenas com alocação de recursos. Esta é a proposta do Hospital Psiquiátrico Cairbar Schuttel, que vem buscando se adequar ao novo modelo de assistência às pessoas com transtornos mentais, reduzindo internações e ampliando serviços terapêuticos. Na manhã desta sexta-feira, dia 19, a deputada estadual Márcia Lia esteve na sede da entidade e, ao lado da diretoria, apresentou o projeto transformador ao ex-prefeito e candidato Edinho Silva. O candidato a vice, Damiano Neto, também acompanhou a visita.

De acordo com o diretor-presidente Osvalte Nogueira e com o responsável pelo projeto, Doutor Nelson Fernandes Junior, a ideia é criar uma Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), reunindo serviços de saúde necessários como CAPs (Centros de Atenção Psicossocial), consultórios de rua, unidades de acolhimento adulto e infantil, enfermarias especializadas e residências terapêuticas.

Atrelado a este trabalho de assistência, um Centro de Formação Profissional e Cidadania, com vistas à formação para o trabalho. Atualmente, a Casa Cairbar atende 42 pessoas em oficinas terapêuticas e 15 em oficinas expressivas (mais produtivas) em parceria com as empresas Lupo, Big Dutchman, Lindalfa e Maclube. Também se insere no projeto, um núcleo de gestão, com uma visão holística, abrangendo o universo que vai além do paciente. A ideia é que a estrutura seja utilizada não só pelos pacientes, mas toda a comunidade.

“O hospital psiquiátrico ganhou forças na década de 50, porém, já na década de 80 o modelo foi se esvaindo. Tínhamos 220 leitos, hoje são apenas 40. A necessidade de transformação ficou evidente”, destacou Fernandes.

Segundo ele, o projeto se daria na cidade aproveitando os recursos previstos na rede de atenção, advindos das três esferas de governo (União, estado e município). “Temos o compromisso de adequação dos serviços às necessidades dos assistidos, além de adequar a instituição ao contexto atual. É possível fazer o aproveitamento dos recursos existentes e buscar a eficiência”, explicou Fernandes, entregando o projeto, em mãos, ao candidato. “O programa tem grande aceitação. Não precisa de norma nova, nem de dinheiro novo. Está faltando somente uma ação política”, disse.

Márcia Lia reforçou o pedido da diretoria do Cairbar. Ela, que já esteve por diversas vezes no Ministério da Saúde e na Secretaria Estadual de Saúde tratando do projeto, falou sobre a possibilidade de Araraquara implementar um projeto-piloto e tornar-se referência para o Brasil. Para a parlamentar, a questão da saúde mental é um problema social e deve ser encarado com seriedade pelos governos.

Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), 21% da população mundial têm algum transtorno mental e/ou emocional. “Penso que podemos resgatar muitas vidas neste processo de geração de trabalho e renda, de um trabalho voltado à educação, à saúde e à cidadania. Precisamos do comprometimento, de fato, das três esferas de governo para que o Cairbar e depois outros hospitais possam ampliar essa possibilidade”, frisou a deputada.

“Tem meu apoio”

Para o candidato Edinho, o Cairbar sempre foi um parceiro importante do município e seu apoio ao projeto transformador está garantido. “Vamos trabalhar para fortalecer o Cairbar. Temos aqui uma diretoria séria, que luta e acredita. Se não fosse, esse hospital já teria fechado as portas. A diretoria tem um projeto de reestruturação sólido e consistente. Se eu tiver a oportunidade de ser prefeito novamente, nós vamos viabilizar esse projeto. Não tenho dúvidas que será fundamental para melhorar a qualidade da saúde da nossa cidade”, pontuou o candidato durante reunião com funcionários do local.

Edinho propôs ainda que o Cairbar, em seu novo projeto, agregue uma ala feminina para internação por drogadição. Hoje, o município envia internos para outras cidades. Na sua avaliação, também é preciso reorganizar a saúde básica para que todos os demais serviços voltem a funcionar, especialmente os programas de prevenção e promoção à saúde. “Toda a desorganização acaba refletindo na situação de todos os hospitais da cidade”.

Edinho e Márcia Lia, após diálogo com a diretoria e com os funcionários, visitaram as Oficinas Terapêuticas e unidades fabris instaladas dentro do hospital. “Emocionante ver o trabalho humano realizado aqui, de construção da cidadania, de reinserção social. Por isso acredito nesse projeto que pode ampliar tudo que já acontece. Estou certa que esse sonho pode se materializar com Edinho retornando à prefeitura, pois vontade política não falta”, finalizou Márcia Lia.

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About Beto Fortunato
Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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