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Força-tarefa diz que Lava Jato é ‘caso de polícia, não de política

Força-tarefa diz que Lava Jato é ‘caso de polícia, não de política, na nota divulgada nesta segunda (18), Dallagnol disse que a continuidade da Lava Jato depende, sobretudo, do apoio da opinião pública
18:42|18/04/2016
Polícia Federal

A discussão de que a possível substituição da presidente Dilma Rousseff pelo vice Michel Temer poderia atrapalhar as investigações da Lava Jato foi contrariada pelos integrantes da força-tarefa da Operação.

“A sociedade deu independência ao Ministério Público na Constituição de 1988, fazendo-o uma instituição de Estado e não de governo. Ou seja, independentemente de quem estiver no governo, as investigações continuam como antes. A investigação do caso Lava Jato é um caso de polícia, e não um caso de política”, afirmou o coordenador da força-tarefa da Procuradoria em Curitiba, Deltan Dallagnol, por meio de nota distribuída nesta segunda-feira (18).

A Folha de S. Paulo destaca que atualmente há mais de 50 congressistas sob investigação no STF (Supremo Tribunal Federal), muitos deles peemedebistas.

Se foram concretizadas novas delações premiadas em processo de negociação, como a da cúpula da Odebrecht, esses números podem crescer.

A “lista da Odebrecht” divulgada em em fevereiro pela PF listava supostos repasses a 314 políticos de 24 partidos.

Antes da votação do impeachment, na semana passada, Dallagnol disse à BBC Brasil que um dos riscos que a Lava Jato corre é ser asfixiada por meio da aprovação de leis que restrinjam os instrumentos de investigação, repetindo o desfecho da Operação Mãos Limpas, na Itália.

Na nota divulgada nesta segunda (18), Dallagnol disse que a continuidade da Lava Jato depende, sobretudo, do apoio da opinião pública.

“[Com o impeachment] não só os potenciais continuam os mesmos, mas também os riscos. A operação acumula inimigos a cada dia em que o rol de investigados aumenta, e eles continuarão tentando minar as investigações, de modo ostensivo ou sorrateiro, qualquer que seja o governo. A nossa defesa é a sociedade.”

A publicação destaca que o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, principal responsável pelas negociações das delações premiadas em Curitiba e um dos pilares da Lava Jato, afirmou que espera a aprovação do projeto das dez medidas anticorrupção, entregue com mais de 2 milhões de assinaturas ao Congresso, em março.

“As investigações não se resolvem com qualquer solução política”, diz a nota.

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About Beto Fortunato
Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

Beto Fortunato

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