Eleições 2018

Haddad vai ao Nordeste para tentar reduzir distância de rival

Haddad vai ao Nordeste para tentar reduzir distância de rival
      PT teve na região melhor resultado no 1º turno; vantagem do presidenciável do PSL é de 18 pontos

6:00 |IDNews/Estadão/Ricardo Galhardo | 2018OUT21 |

A estratégia do PT para a reta final da campanha de Fernando Haddad à Presidência prevê viagens ao Nordeste, região onde o petista teve melhor desempenho, e atos com setores da sociedade civil. No programa eleitoral no rádio e na TV, a campanha petista pretende manter a linha adotada desde o início do primeiro turno de mesclar a tentativa de desconstrução de Jair Bolsonaro (PSL) com a apresentação de propostas.

As mais recentes pesquisas de intenção de voto mostram que Haddad tem o desafio de superar uma larga vantagem do adversário no segundo turno. No Ibope e no Datafolha, o candidato do PT está 18 pontos porcentuais atrás do capitão reformado – Bolsonaro tem 59% dos votos válidos, ante 41% do petista.

A estratégia do PT para a reta final da campanha de Fernando Haddad à Presidência prevê viagens ao Nordeste, região onde o petista teve melhor desempenho, e atos com setores da sociedade civil. No programa eleitoral no rádio e na TV, a campanha petista pretende manter a linha adotada desde o início do primeiro turno de mesclar a tentativa de desconstrução de Jair Bolsonaro (PSL) com a apresentação de propostas.

As mais recentes pesquisas de intenção de voto mostram que Haddad tem o desafio de superar uma larga vantagem do adversário no segundo turno. No Ibope e no Datafolha, o candidato do PT está 18 pontos porcentuais atrás do capitão reformado – Bolsonaro tem 59% dos votos válidos, ante 41% do petista.

O petista fez no sábado, 20, campanha no Ceará dos irmãos Cid e Ciro Gomes, respectivamente senador eleito e presidenciável derrotado do PDT. Em comício em Fortaleza, Haddad chamou o rival de “soldadinho de araque” e o acusou de montar uma organização para aplicar “dinheiro sujo” nas redes sociais contra o PT.

Segundo o deputado estadual eleito Emídio de Souza, integrante da coordenação da campanha, o episódio envolvendo Cid e militantes do PT já foi superado e a ideia é tentar transferir os votos de Ciro para o petista. Durante ato pró-Haddad em Fortaleza, na segunda-feira passada, 15, o irmão de Ciro Gomes disse que o PT vai “perder feio a eleição”. Para Cid, os petistas teriam que pedir desculpas “e reconhecer que fizeram muita besteira”. O senador eleito pelo Ceará depois reiterou apoio a Haddad. Ciro, terceiro colocado no primeiro turno da disputa presidencial, declarou “apoio crítico” ao candidato do PT e logo em seguida viajou para a Europa, mantendo distância da campanha de Haddad.

O episódio Ciro foi o mais evidente da tentativa fracassada do PT de criar uma “frente democrática” com a participação de adversários – como o próprio pedetista e Fernando Henrique Cardoso, presidente de honra do PSDB – no segundo turno. Agora, Haddad decidiu investir no apoio de setores organizados da sociedade contrários a Bolsonaro.

No sábado, novas manifestações contra o candidato do PSL – aos moldes do protesto “Ele não” do dia 29 de setembro – ocorreram em ao menos oito capitais, como Rio, Curitiba e Brasília, com a presença de militantes a favor de Haddad. Na capital paulista, o ato lotou o vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Em Porto Alegre, a manifestação foi feita no Parque da Redenção, e teve a participação da vice na chapa do petista, Manuela d’Ávila (PCdoB).

Neste domingo, 21, Haddad tem viagem marcada para São Luís (MA), ao lado do governador reeleito Flávio Dino (PCdoB). O encerramento da campanha também deve ser no Nordeste. As opções são a Bahia e Pernambuco.

‘Semana perdida’

Integrantes da campanha admitiram em conversas privadas que a primeira semana do segundo turno foi uma “semana perdida” por causa da desorganização provocada pela troca de comando entre a primeira e a segunda etapa da campanha. Petistas avaliam que a espera pelos apoios de Ciro e FHC, que não vieram, tirou a atenção da candidatura e fizeram Haddad perder a oportunidade de aproveitar o impulso por ter conseguido chegar ao segundo turno.

Nesta reta final, o PT vai explorar também politicamente as denúncias sobre a existência de suposto esquema de impulsionamento ilegal de mensagens pelo WhatsApp, que seria financiado por empresas. A a ordem é tentar vincular Bolsonaro às fake news.

About Beto Fortunato
Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

Beto Fortunato

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