Lava JatoSLIDER

Lava Jato revela esquemas de corrupção em pelo menos 49 países

Lava Jato revela esquemas de corrupção em pelo menos 49 países
No total, 291 pedidos de cooperação internacional já foram feitos, entre o Brasil e outras nações, desde o início da operação, em 2014

04SET2017|  8:54 - CORRUPÇÃO MUNDIAL

Desde 2014, quando teve início a operação Lava Jato no Brasil, o esquema criminoso revelado por empreiteiras brasileiras em licitações de obras públicas envolveu também outros países, que solicitaram cooperação internacional para investigar as denúncias.

 Segundo informações do portal G1, o Brasil já recebeu 119 pedidos, feitos por 29 países, que buscam auxílio para apurar as suspeitas de crime. Em contrapartida, os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) que integram o grupo de trabalho da força-tarefa já solicitaram 172 medidas, em 38 países. No total, contando com o Brasil, 49 países devem ter sido palco de esquemas de corrupção envolvendo construtoras.

A situação se agravou a partir da delação da Odebrecht, quando os executivos da empresa confessaram que os crimes cometidos no Brasil também eram praticados no exterior, principalmente o pagamento de propina para políticos e agentes públicos, em troca da obtenção de contratos.

Os pedidos feitos ao país são recebidos pela Procuradoria-Geral da República (PGR), e a tendência é que a ajuda solicitada seja prestada a longo prazo. Já a maioria das solicitações enviadas para o exterior se refere à obtenção de provas. “A maior parte dos pedidos feitos pelo Brasil são probatórios, para obter provas bancárias, e recuperar ativos: bloqueio para confisco”, explica o procurador Vladimir Aras, secretário de Cooperação Jurídica da PGR.

Essa missão, no entanto, não é tarefa fácil e configura-se como um dos entraves ao andamento dos processos, já que cada país tem regras próprias. Soma-se a isso a dificuldade para a formação de equipes conjuntas de investigação, em que procuradores e policiais brasileiros e estrangeiros pudessem atuar em conjunto. “Qualquer equipe conjunta de investigação facilita, porque acelera e simplifica a coleta de novas provas”, explica Aras.

 

About Beto Fortunato
Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *