Ícone do site IDNews

Escolta de presos deve ser exclusividade da SAP

Escolta de presos deve ser exclusividade da SAP
No Estado de São Paulo, por expressa previsão legal, atividades de escolta e custódia de presos em movimentações externas, além da…

19JAN2017| 15.58
Assessoria CAM 

 No dia 28 de dezembro do ano passado, foi publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo, a notícia referente ao convênio firmado entre o Estado de São Paulo e o Ministério da Justiça, por meio do qual haverá reforço da segurança pública, com a aquisição de materiais utilizados por agentes penitenciários e a reposição dos veículos de transporte de presos. O convênio trata do repasse de verbas no montante de R$ 50,3 milhões, complementada com mais R$ 1,4 milhão para a aquisição de coletes de proteção balísticos, rádios transceptores digitais portáteis, rádios fixos VHF/FM e veículos especializados para transporte de detentos.

Tendo em vista o convênio firmado, a vereadora Juliana Damus (PP), na Sessão Ordinária da última terça-feira (18), solicitou que fosse oficiado ao governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, uma moção de apoio para que a escolta de presos seja realizada exclusivamente pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). “Com tal investimento, divulgado no Diário Oficial, seria mais adequado que todo o serviço de escolta de presos fosse realizado apenas pela Secretaria de Administração Penitenciária, desonerando assim a Polícia Militar desta tarefa”, entende Juliana.

No Estado de São Paulo, por expressa previsão legal, atividades de escolta e custódia de presos em movimentações externas, além da guarda das unidades prisionais, competem à Secretaria da Administração Penitenciária, por meio da classe de agentes de escolta e vigilância penitenciária, e não à Secretaria de Segurança Pública. É o que determina a Lei Complementar nº 898, de 13/07/2001, de forma que “o empenho da Polícia Militar em tais atividades constitui desvio de finalidade e flagrante desrespeito à Lei”, ainda que haja previsão na Resolução nº 102 do secretário de Segurança Pública, porque tal Resolução não pode contrariar a Lei. O documento, que obriga policiais civis e militares a escoltarem presos provisórios nas audiências de custódias em fóruns da Grande São Paulo e do Interior, gerou críticas entre as entidades de classe.

“Ao designar os policiais militares para a escolta de presos, eles são retirados do policiamento ostensivo das ruas, fundamental para garantir a segurança da população e a preservação da ordem pública e especial razão de ser da Polícia Militar. Cobram-se muitos resultados da Polícia Militar, mas faltam respaldo e apoio necessários à atividade policial ostensiva e preventiva, cuja presença nos bairros e nas ruas gera sensação de segurança e tranquilidade na população”, completa a vereadora.

 

About Beto Fortunato
Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

Sair da versão mobile