Araraquara

Empresa terceirizada de transporte de pacientes não cumpre protocolos sanitários  

Empresa terceirizada de transporte de pacientes não cumpre protocolos sanitários  

Observação foi feita, no local, pelos vereadores Marchese da Rádio e Lineu de Assis, que cobram explicações da Prefeitura


Muitas vezes, o atendimento de um paciente com Covid-19 começa na ambulância, com os socorristas. Em Araraquara, parte deste serviço é realizada pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e outra é feita pela empresa terceirizada Master Med. Na sexta-feira (09), os vereadores Marchese da Rádio (Patriota) e Lineu de Assis (Podemos) vistoriaram as instalações e viaturas das duas instituições e encontraram irregularidades na empresa terceirizada. Na terça-feira (13), os parlamentares relataram o ocorrido e cobraram providências da Prefeitura por meio do Requerimento nº 304/2021.

Na sede do Samu, os vereadores constataram o cumprimento dos protocolos sanitários. Das 15 ambulâncias, duas seriam utilizadas exclusivamente para atendimentos de pacientes com suspeita da doença. Fora isso, segundo eles, os veículos e a sede passam por processos constantes e rigorosos de higienização, além da maioria dos produtos de uso individual ser descartável, como os copos. Atualmente, dos 120 funcionários, cinco possuem comorbidades e estariam afastados, por segurança. “Mesmo com todo o rigor de higienização e sanitização, houve um caso de óbito de um funcionário da instituição e outro que adquiriu a doença, mas, passa bem. Isso é importante a gente lembrar”, ressalta o vereador Marquese.

Na empresa terceirizada, o cenário encontrado foi diferente. Marchese da Rádio e Lineu de Assis relataram que a instituição não tem controle das sanitizações realizadas, nem dispõe de local próprio para descarte de lixo contaminado, de colchões impermeáveis para descanso dos funcionários, ou oferece copos descartáveis para a equipe. De acordo ainda com os vereadores, os funcionários não teriam sido testados para Covid-19 nem sequer passaram por treinamento para uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

“Diante da discrepância encontrada pelos vereadores entre o Samu e a terceirizada Master Med, pede-se informações sobre o contrato firmado com a prestadora de serviços de saúde, que, independente do serviço prestado, deve atuar com respeito e cuidado à vida, tanto de seus funcionários, quanto de pacientes”, frisam os parlamentares no Requerimento. Eles também pedem os documentos de Alvará das viaturas, comprovantes da vacinação contra Covid-19 dos funcionários da terceirizada, e ainda requerem uma vistoria da Vigilância Sanitária e a reserva de ao menos uma viatura para atendimento exclusivo de pacientes com suspeita da doença.

A Prefeitura tem o prazo inicial de 15 dias para responder aos questionamentos, prorrogável por até 55 dias. Segundo o vereador Lineu, “esse é um caso sério e que será acompanhado de perto. Se a Prefeitura não tomar providências quanto aos problemas encontrados, vamos procurar o Ministério Público do Trabalho (MPT)”.

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About Beto Fortunato
Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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