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Maia diz ver como ‘difícil, mas viável’ votar Previdência em fevereiro

Maia diz ver como ‘difícil, mas viável’ votar Previdência em fevereiro
Presidente da Câmara está em Nova York para um encontro com o secretário-geral da ONU, o português António Guterres

15JAN2018|  7:40 - Reforma da Previdência   - Foto:  © Wilson Dias/Agência Brasil

O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), se disse reticente em relação à votação da reforma da Previdência na casa em fevereiro, como acordado com o governo. Ele afirmou que, para se tornar viável, a aprovação demandará “muito diálogo”.

Maia está em Nova York para um encontro com o secretário-geral da ONU, o português António Guterres, e conversou com jornalistas neste domingo (14).

Segundo ele, a aprovação da matéria em fevereiro “não é fácil”, porque uma parcela da população é contra a reforma. “Muitos deputados, em ano eleitoral, se não tiverem muita clareza de que há uma base sólida para a aprovação, podem nem votar, pensando em sua base eleitoral”, disse.

Maia afirmou que, para construir uma base de “pelo menos 320, 330 deputados”, será preciso “muito diálogo e o envolvimento de outros políticos, inclusive governadores”.

O deputado lembrou a situação fiscal delicada de alguns Estados e a necessidade de “reestruturar as contas públicas brasileiras”. “Eles [governadores] serão beneficiados, a situação fiscal dos Estados vem piorando ano a ano. Se não votarmos, o número de Estados sem poder pagar o décimo-terceiro [de servidores] no ano que vem pode passar de cinco”, disse.

Maia informou que já conversou com os governadores de Minas Gerais e de Santa Catarina -respectivamente, Fernando Pimentel (PT) e Raimundo Colombo (PSD)- e que ainda falará com outros.

MEIRELLES

Na entrevista, Rodrigo Maia também minimizou um possível desconforto com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles -que responsabilizou o Congresso, que ainda não conseguiu aprovar a reforma da Previdência, pelo rebaixamento da nota de classificação de risco da dívida brasileira pela agência Standard & Poor’s.

Nos bastidores, os dois travam uma batalha para tentar se viabilizar como o nome de centro para as eleições.

Maia disse que neste momento não mistura extremos e jogou a culpa do atraso na votação da reforma nas denúncias de corrupção contra o presidente Michel Temer, barradas pela Câmara em agosto e outubro -segundo ele, os processos fizeram com que o governo perdesse base na Câmara.

“Sobre a reforma da Previdência [e a votação em fevereiro], sempre fui muito realista. O governo sai do fim de 2016 de uma base de 316 deputados e termina, após a segunda denúncia, com 250. É preciso recompor 70, 80 votos.”

Para ele, reconstruir a base para ter “conforto” na votação é fundamental. “A decisão do governo depois da primeira denúncia foi afastar quem não votasse a favor do presidente, e isso abriu um problema: como se faz agora para ter 308 votos?”, disse. Com informações da Folhapress.

A Coreia do Norte aceitou o convite de Seul para realizar uma reunião de alto nível no próximo dia 9 de janeiro para debater a participação de Pyongyang nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang, que ocorrem entre 9 e 25 de fevereiro. Essa será a primeira reunião entre os dois governos em mais de dois anos e surge após a diminuição das ameaças de Kim Jong-un contra os vizinhos. + Ao contrário de Obama, Trump aperta cerco à maconha Na mensagem de fim de ano, o ditador norte-coreano continuou a provocar os Estados Unidos de Donald Trump, mas desejou "um sucesso verdadeiro" para as Olimpíadas sul-coreanas - ressaltando que pensava em mandar uma delegação para o outro lado da fronteira. No dia seguinte, Seul convidou os norte-coreanos para uma reunião na "cidade da trégua", Panmunjon, que fica próxima à fronteira das duas nações na chamada área de desmilitarização. Como resposta, a Coreia do Norte reativou um canal de comunicação por telefone e, após cinco conversas, de acordo com a mídia local, houve um acordo para marcar a reunião. (ANSA)

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Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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