Ícone do site IDNews

Por menor que seja, todo pequeno empresário pode aparecer nas redes sociais pagando pouco

Por menor que seja, todo pequeno empresário pode aparecer nas redes sociais pagando pouco

| IDNews® |Brasil |  Assessoria de Imprensa Uniara|

Docente do curso de Publicidade da Uniara fala sobre a utilização do e-commerce e de plataformas digitais em tempos de Covid-19

IDN – Interior – Araraquara

No atual momento em que o país vive, em meio à pandemia do coronavírus – Covid-19, governadores e prefeitos decretaram o fechamento do comércio em diversas localidades, permitindo que apenas os de serviços essenciais continuem com os atendimentos ao público. Diante disso, muitos donos de lojas, pequenos empresários e autônomos se viram desesperados, pois com seus espaços físicos fechados, como continuar vendendo para sobreviverem? O professor do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade de Araraquara – Uniara, Samuel Gatti Robles, afirma que esses pequenos comerciantes podem realizar suas vendas por meio do serviço e-commerce e que é possível aparecer nas plataformas digitais – Facebook, Instagram, Twitter e WhatsApp -, pagando pouco.

Robles explica o que é e-commerce. “Nada mais é do que o comércio eletrônico. Toda transação que é mediada por esse meio. Hoje em dia, podemos expandir essa questão do e-commerce para vendas por meio do Instagram, WhatsApp, Facebook etc. Mas, quando falamos em e-commerce, pensamos naquele mais estruturado, nos sites que são preparados para venda. Atualmente já temos algumas ferramentas, por exemplo, no Instagram, que evoluíram. Exemplo: tenho uma loja de moda que coloca a foto de uma modelo vestindo um look – camiseta, calça, sapato e bolsa. Se eu clicar em cada um desses itens da foto aparece a opção de ir direto para o carrinho de compras da loja. É uma evolução do e-commerce em uma interação em rede social”, relata.

De acordo com ele, essa modalidade de venda já era consolidada, “porém, de um tempo para cá se tornou mais comum, devido à expansão dos meios digitais e do acesso à tecnologia por todas as camadas da sociedade”. “A grande maioria das pessoas já tem um dispositivo de acesso à internet e, com isso, é possível perceber que houve uma expansão do e-commerce ‘surfando’ nessa onda de inserção digital de grande parte da sociedade”, comenta.

O docente conta que, com o isolamento social, foi possível perceber que houve um aumento do uso desses recursos. “Aquilo que não podemos mais comprar indo diretamente a uma loja física, adquirimos via online, pois percebemos que o e-commerce é a maneira mais fácil e segura de recebermos em casa, sem correr o perigo de se contaminar, mesmo porque também muitas lojas físicas estão fechadas. Então, o e-commerce acaba sendo o único caminho que temos para fazer a compra”, diz.

“O momento é complicado, principalmente para quem é pequeno. Os grandes varejistas têm se estruturado há um bom tempo, e alguns deles conseguiram, nos últimos anos, investir muito dinheiro para deixarem a solução de e-commerce ainda melhor e muito mais estruturada. Com isso, o sistema de logística também evoluiu na mesma ‘pegada’. O Mercado Livre é um exemplo de e-commerce muito legal, ele tem entregas que acontecem em até 24 horas aqui para o interior. Compro vários itens, por exemplo, às 18h, e às 10h do dia seguinte os produtos já estão comigo. Isso acontece porque o Mercado Livre tem hoje um depósito gigante, com os itens que vendem à disposição e a logística está pronta – ou seja, o produto já está embalado. Comprou, é só etiquetar e enviar”, exemplifica ele.

O professor cita outro exemplo. “O próprio Correios, que há anos imaginava-se que seria extinto porque ninguém mais enviaria cartas, que era para o que servia no passado, ganhou uma nova área, que é o envio de encomendas, que evoluiu demais e se tornou, hoje, seu principal serviço”, relata.

Para os pequenos empresários, donos de lojas e autônomos que desejam ingressar nas vendas online, Robles dá algumas dicas. “Para o e-commerce ser de forma profissional, é necessário ter uma estrutura montada. É o que indico para muitos dos meus clientes. E, atualmente, encontramos muitas plataformas de e-commerce já prontas. No passado, em meados de 2003 e 2004, lembro de ter clientes para os quais montávamos toda a estrutura de programação de e-commerce. O custo era muito alto para ter uma solução de e-commerce. Hoje já é diferente, é possível assinar soluções a partir de R$90,00, R$100,00, que permitem ter diversos produtos inseridos em uma loja. O próprio sistema é facilmente customizado por qualquer pessoa que tenha contratado a plataforma. Atualmente está muito fácil ter uma plataforma profissional de e-commerce”, explica.

O professor ressalta que “os pequenos podem e devem trabalhar o uso do digital”. “Talvez para uma empresa pequena que atenda apenas a uma cidade e a um comércio local, não valha a pena estruturar um e-commerce nos moldes dos que temos por aí, mas ele pode atuar de forma mais presente, tendo um site com seus produtos e ter um botão de acesso ao WhatsApp para fazer o pedido. Isso é uma forma facílima de ser implementada e que vai ajudar as pequenas empresas. Mas mesmo sendo pequeno e estar em cidades menores, o comerciante pode ter uma atuação global com o e-commerce. Então, se há intenção de expansão por parte de uma loja de cidade menor, ele pode competir com grandes. Talvez não tenha o poder de negociação que os grandes têm, porque compram em um volume maior, mas pode vender para todo o mundo. Se tiver uma agência dos Correios na cidade, ele consegue montar o e-commerce e entregar para qualquer lugar”, conta.

Em relação a utilizar as plataformas digitais para vendas, Robles diz que “antes de tudo, as redes sociais são espaços democráticos, porque todos podem usá-las de forma gratuita”. “Mas é claro que, se você quer ter uma visibilidade maior, há necessidade pagar, mas nada se compara ao que se investia no passado e o que se investe hoje, em outros meios tradicionais, como TV, rádio, jornal e revista, que você precisa ter um investimento muito grande, porque a própria estrutura é cara. Com R$10,00, R$15,00, já é possível ter uma grande visibilidade nas redes sociais, e isso faz a diferença. Qualquer pequeno empresário, dono de loja, por menor que seja, pode aparecer nas redes pagando pouco”, esclarece.

“Quem não faz parte dos serviços essenciais, obrigatoriamente está fechado. A sugestão é tentar olhar cada vez mais para os meios digitais. As plataformas digitais – Facebook, Instagram, Twitter e até o Google – são ferramentas que têm trabalhado no sentido de tornar cada vez mais fácil a criação de campanhas e anúncios para que o leigo trabalhe. Existem diversos cursos na internet que possibilitam a qualquer empresário criar suas campanhas e anúncios, mesmo para aqueles que não tenham a mínima noção. Então a dica é: comece a estudar e a se preparar, porque é possível que qualquer pessoa crie anúncios sem a necessidade de um profissional da área atuar”, explica.

Robles ressalta que “o publicitário e o designer, como profissionais, entram em ações mais estruturadas”. “Se eu quero fazer campanhas publicitárias, por exemplo, aí sim há a necessidade de contratação de um profissional para que olhe de forma mais ampla. Toda campanha acontece com ações estruturadas e organizadas, envolvendo vários meios, e o publicitário tem condições de fazer um planejamento mais amplo para que o resultado seja mais eficaz e certeiro. Agora, para simples ações e pequenos anúncios, já é possível que qualquer um possa fazer”, finaliza o docente.

Neste período, o curso de Publicidade e Propaganda da Uniara está com o projeto “PPAção Humanitária” em andamento. Por meio dos professores Gabriel Arroyo, Gleidson Gouvêa da Silva e de Robles, a iniciativa objetiva desenvolver ações voluntárias que ajudem pequenos comerciantes que passam por uma crise por não poderem abrir as portas de seus estabelecimentos devido à pandemia de Covid-19, a divulgarem seus produtos. Informações sobre a ação podem ser obtidas no e-mail publicidade@uniara.com.br e pelo WhatsApp (16) 99781-5268. Detalhes sobre o curso de Publicidade e Propaganda estão disponíveis no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.

About Beto Fortunato
Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

Sair da versão mobile