Eleições 2018

Redes sociais, análise mede grau de influência de candidatos ao governo

Redes sociais, análise mede grau de influência de candidatos ao governo
O eleitorado terá que avaliar o comportamento dos candidatos nas redes e os candidatos também precisarão avaliar o pensamento do eleitorado para direcionar suas campanhas

13NOV2017|  9:45 - Redes Sociais - Foto: © Paulo Whitaker / Reuters

A disputa eleitoral de 2018 está quase chegando e as redes sociais prometem influenciar na decisão de voto. Partidos, candidatos e marqueteiros utilizarão a internet para tentar conquistar o eleitorado e quem tem uma maior amplitude de seguidores poderá sair em vantagem.

 O Correio Braziliense encomendou uma pesquisa para identificar o grau de influência dos principais pré-candidatos à Presidência da República. A multinacional portuguesa WeDo Technologies utilizou o Raid.Cloud, um software normalmente utilizado para identificar fraudes em empresas de telecomunicações, para realizar a análise.

De acordo com a reportagem, a pesquisa cruzou dados como quantidade de seguidores, tuitadas, postagens e o engajamento obtido (compartilhamento e comentários, por exemplo), e elaborou um ranking sobre influência, exposição da vida pessoal e força emocional dos candidatos. Somente as postagens públicas (principalmente no Facebook, que permite a publicação de textos apenas para os “amigos”) . Apenas as postagens públicas dos presidenciáveis foram analisadas.

INFLUÊNCIA

Entre os 11 nomes analisados pelo software, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sai na frente. Em uma escala de zero a 100 entre todos os usuários do Twitter e do Facebook, o petista atingiu 64, seguido pela ex-senadora Marina Silva (59) e o deputado federal Jair Bolsonaro (58). O outsider João Amoedo, do Partido Novo, é o menos de influente nas redes, com 44.

EXPOSIÇÃO

Em relação à exposição da vida pessoal nas redes sociais, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva é a que mais publica textos e imagens, com 7, seguida por João Amoedo, com 6. Os números obtidos, no entanto, são bem abaixo da média da população, que costuma ficar na faixa de 25%, no caso brasileiro. Isso pode indicar que os possíveis candidtos ao Palácio do Planalto não gostam muito de expor a família e amigos nas postagens públicas.

RESPOSTAS

O índice que mede a capacidade de o usuário responder e tratar de temas mais variados possíveis nas redes sociais indica que o ex-ministro da Educação Fernando Haddad saiu na frente. Bolsonaro aparece em segundo, seguido de Álvo Dias. Nesse quesito, Lula é o último.

O vice-presidente de Marketing e Estratégia da WeDo Technologies, Bernardo Lucas, disse em entrevista ao Correio Braziliense que a a análise das contas dos postulantes ao Planalto é importante porque mostra para a sociedade que tudo o que se publica em redes sociais está disponível para análise de humanos e da inteligência artificial. “As ferramentas hoje em dia traçam um perfil da personalidade da pessoa, a forma como o usuário reage a uma postagem. Tudo pode ser classificado”, afirma Lucas.

Marcelo Vitorino, especialista em marketing político, explica que a rede social é uma vitrine da vida real. “Tem que se perguntar se o discurso é um grande motivador de votos. O Ciro Gomes, por exemplo, fala sem filtros. O caminho para a transparência é ser autêntico. Se você é como o José Serra, não adianta fazer piadinhas”, analisa.

O eleitorado terá que avaliar o comportamento dos candidatos nas redes e os candidatos também precisarão avaliar o pensamento do eleitorado para direcionar suas campanhas, afirma o sociólogo Antônio Flávio Testa, da Universidade de Brasília. “É importante que se aprenda a utilizar essas ferramentas tecnológicas para fazer filtragens. Para isso é preciso uma equipe de especializada em tecnologia. Existem muitas saídas, é mais barato do que rádio ou TV.”

About Beto Fortunato
Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

Beto Fortunato

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