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Varredura apreende 4 mil armas em 13 presídios

Varredura apreende 4 mil armas em 13 presídios
Foram localizadas 4.203 facas, estacas, arames, tesouras, entre outros materiais

16MAI2017| 9h14 - Varredura em Presídios

As Forças Armadas fizeram uma varredura em 13 presídios de cinco estados desde o início do ano, após os massacres que deixaram mais de 130 mortos em apenas 15 dias. O balanço aponta que foi encontrada uma arma branca para cada três presos.

O levantamento divulgado pelo jornal O Globo indica que foram localizadas 4.203 facas, estacas, arames, tesouras, entre outros materiais, nas cadeias vistoriadas que abrigam 11.829 detentos.

Além disso, a varredura encontrou uma arma de fogo, de fabricação caseira, 316 celulares, 163 chips e 238 acessórios de telefone (como fone de ouvido e carregador). Outros itens apreendido foram: trouxas (92), tabletes (18) de drogas, dois rádios transmissores, 66 televisores e 83 antenas improvisadas, 40 fogões ou fogareiros improvisados e três botijões de gás.

Raul Jungmann, ministro da Defesa, disse em entrevista ao Globo que a quantidade e a diversidade de material encontrado dentro das cadeias mostra um conluio tácito entre o poder público e as organizações criminosas, baseado na “corrupção institucionalizada”.

“Fica evidente que em alguns estados há um acordo não escrito entre a administração penitenciária e o crime organizado. Como esse material todo entra nas cadeias? Há uma leniência”, avaliou o ministro.

O ministro destacou ainda que os gestores estaduais devem manter as cadeias vistoriadas “limpas”. Jugmann considerou também que novos massacres podem se repetir caso as armas brancas continuem a ser introduzidas nos presídios em que a falta de vagas dificulta o controle.

A publicação destaca que o Complexo Prisional Anísio Jobim, em Manaus, foi o presídio com o maior número de armas brancas apreendidas. 56 presos morreram na unidade após massacre no início deste ano.

A operação de varredura das Forças Armadas em presídios de cinco estados custaram R$ 10,1 milhões aos cofres públicos. 4.602 militares trabalharam usando equipamentos de raio-x, detectores de metal, cães farejadores, câmaras telescópicas e detectores de uso de celular.

Entre os principais problemas descobertos pela operação estão a falta de bloqueadores de celular nos estabelecimentos, celas e instalações inseguras, falta de locais para visitas, contato entre presos do regime semiaberto e aberto, guaritas parcialmente desguarnecidas e serviços internos prestados por detentos devido à ausência de agentes penitenciários.

About Beto Fortunato
Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

Beto Fortunato

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