Policia

Vinte e nove tiroteios são registrados no RJ em apenas 24 horas

Vinte e nove tiroteios são registrados no RJ em apenas 24 horas
Pelo menos oito pessoas morreram e 11 ficaram feridas

9:01 | 20MAR2018 - Tiroteios  

Mais de um tiroteio por hora foi registrado no Rio de Janeiro entre as 10h45m de domingo (18) e o mesmo horário de ontem (19). Em 24 horas, 29 troca de tiros, com oito mortes e 11 feridos. O levantamento, realizado pelo site Fogo Cruzado, mostra que uma das pessoas assassinadas esperava um ônibus no Terminal Rodoviário Procópio, quando começaram os disparos.

O confronto foi iniciado no momento em que os criminosos, que conduziam duas motos, não obedeceram ordem de parada de agentes do Centro Presente. Além do idoso, identificado como Luís Carlos Pereira Vieira, de 60 anos, a diarista Aparecida dos Santos, de 45 anos, e o segurança Jorge Bastos da Silva, de 35 anos, também foram atingidos e levados para o hospital, onde receberam atendimento e foram liberados.

Não passou muito tempo até mais uma pessoa cair na estatística da violência no Rio. De acordo com informações do O Globo, atingido na cabeça por uma bala perdida, Antônio Carlos foi baleado durante um confronto entre policiais militares e criminosos, no Rio Comprido, Zona Norte da capital. Ele foi encaminhado para o hospital, onde permanece internado.

Também por bala perdida, a adolescente de 14 anos Larissa Henriques da Silva Maia perdeu a vida quando conversava com a avó na porta de casa, na Baixada Fluminense. Na mesma ocasião, um homem também foi assassinado. Alexandre Rodrigues Alves, 38 anos, foi atingido com oito tiros. A garota chegou a ir ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos

Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) marcaram para esta terça-feira (20) uma reunião para discutir o impasse em torno da prisão após condenação em segunda instância. Segundo a presidente da corte, ministra Cármen Lúcia, a reunião foi marcada a pedido do decano, Celso de Mello. O tema interessa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado pela segunda instância da Justiça Federal em janeiro por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP). Em 2016, por 6 votos a 5, a maioria dos ministros passou a autorizar a execução provisória da pena, antes de esgotados os recursos nos tribunais superiores. Duas ações que tratam da constitucionalidade dessa medida foram liberadas em dezembro pelo relator, Marco Aurélio, para serem julgadas no plenário, mas estão fora da pauta elaborada por Cármen Lúcia. Em entrevista à Rádio Itatiaia, de Minas, nesta segunda-feira (19), a presidente disse que a reunião desta terça foi solicitada pelo decano. "O que tem de concreto é que o ministro Celso de Mello me disse que seria conveniente nós conversarmos. Não é nem reunião formal, não fui eu que convoquei, mas é comum a conversa acontecer." À noite, em entrevista transmitida pelo Jornal Nacional, da TV Globo, Cármen Lúcia reafirmou que não vai ceder e não vai pautar as ações que tratam do assunto. Uma ala dos ministros quer que a questão seja julgada logo. Integrantes dessa ala dizem acreditar que há maioria para mudar o entendimento vigente a fim de que a prisão só possa ser decretada após julgamento de recurso pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), a terceira instância da Justiça, nos moldes do defendido por Dias Toffoli. As opções da defesa de Lula para evitar eventual prisão estão em duas ADCs (ações declaratórias de constitucionalidade), que tratam da prisão em segundo grau de forma genérica, ou no pedido de habeas corpus preventivo. O relator do habeas corpus, ministro Edson Fachin, já negou o pedido liminarmente, e decidiu que seu mérito deverá ser analisado pelo plenário (composto pelos 11 ministros), e não pela Segunda Turma (formada por cinco). Cármen Lúcia disse à Rádio Itatiaia que o julgamento do habeas corpus pelo plenário independe de ela colocá-lo na pauta, e que cabe a Fachin levá-lo "em mesa" -no jargão do STF, levar em mesa é pedir para que seja votado. Somente o relator pode levar em mesa o habeas corpus. Já as ADCs tiveram embargos declaratórios (um tipo de recurso) apresentados na semana passada pelo Instituto Ibero Americano de Direito Público contra uma decisão liminar do plenário que negou um pedido para suspender as prisões antecipadas. Como os embargos declaratórios questionam um acórdão do plenário, eles precisam ser julgados pelos 11 ministros -o que é visto como uma chance para reabrir a discussão sobre o tema. De acordo com o relator das ADCs, Marco Aurélio, não cabe a ele levar esses embargos ao plenário, pois seu voto foi vencido na ocasião do julgamento da liminar. Caberia ao redator do acórdão, Fachin, que deu o voto vencedor. Procurado, o gabinete de Fachin informou que ele está analisando a matéria. Uma terceira opção para a defesa é algum ministro apresentar a Cármen Lúcia uma questão de ordem, durante a sessão, argumentando sobre a conveniência de julgar as ações. O regimento permite que qualquer integrante da corte faça esse movimento. Com informações da Folhapress.

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Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

Beto Fortunato

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