Justiça

Juíza barra detentos em prisão e transferência é desfeita no RN

Juíza barra detentos em prisão e transferência é desfeita no RN
Detentos que saíram da Penitenciária Estadual de Parnamirim para Alcaçuz foram impedidos de entrar no presídio e tiveram de ser acomodados na Cadeia Pública de Natal, que já tem o triplo da sua capacidade

19JAN2017| 10.45
Penitenciária de Alcaçuz

Nessa quarta-feira, uma permuta envolvendo mais de 300 presos do sistema penitenciário do Rio Grande do Norte foi parcialmente desfeita. O plano era transferir 220 detentos da Penitenciária de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal, para a Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP), de onde sairiam 100 presos para Alcaçuz.

O objetivo é minimizar a tensão entre facções criminosas dentro de Alcaçuz. Por isso, presos envolvidos com o grupo “Sindicato do RN” seriam transferidos para o presídio de Parnamirim.

O problema é que a juíza corregedora da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, onde 27 já foram mortos durante motins, não aceitou a entrada de novos internos na unidade.

Segundo o portal G1, a Secretaria Estadual de Segurança (Sesed) confirma a história.

Os custodiados, então, tiveram de ser acomodados no Presídio Provisório Raimundo Nonato Fernandes, também conhecido como Cadeia Pública de Natal, na capital do estado.

Apesar de a Sesed divulgar inicialmente que 100 presos sairiam da PEP para Alcaçuz, 116 custodiados chegaram ao local. Não foi explicado por que o número aumentou.

Agora, a Cadeia Pública de Natal, que tem capacidade para 216 presos, conta com 676 detentos, somados os 560 que já se encontravam lá e os 116 abrigados ontem.

A assessoria de comunicação da Sesed disse que cabe à juíza Maria Nilvalda Torquato explicar a razão de não ter autorizado o recebimento dos detentos e que nesta quinta-feira (19) será decidido o que fazer com os presos.

Já a transferência dos detentos que deixaram Alcaçuz em direção à PEP foi concluída. Quatro ônibus de turismo foram locados para transportar os detentos. Eles foram retirados dos pavilhões 1 e 2 por policiais militares do Batalhão de Choque e agentes penitenciários do Grupo de Operações Especiais da Secretaria de Justiça e da Cidadania.

About Beto Fortunato
Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *