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Alckmin omite mortes causadas por PMs em estatísticas oficiais

Cerca de 30 policiais militares foram presos sob a suspeita de participação em pelo menos 31 mortes nesse período, entre elas as 23 vítimas das chacinas de Osasco e Barueri, em agosto.

Dados sobre os assassinatos cometidos por policiais militares em agosto e setembro deste ano em São Paulo sumiram dos relatórios oficiais do governo do estado de São Paulo. A estatísticas oficiais divulgadas pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) não revelam os números dos justamente nos dois meses em que ocorreu uma série de mortes atribuídas a policiais militares, na capital e na Grande São Paulo, entre chacinas e assassinatos de suspeitos já rendidos.

Segundo informações da Folha de São Paulo, cerca de 30 policiais militares foram presos sob a suspeita de participação em pelo menos 31 mortes nesse período, entre elas as 23 vítimas das chacinas de Osasco e Barueri, em agosto. Também foram excluídos da lista dos dados oficiais do governo tucano os quatro adolescentes mortos ao lado de uma pizzaria em Carapicuíba, em setembro. Eles teriam sido assassinados por agredirem a mulher de um PM, que está preso sob a suspeita dessas quatro mortes.

O “Diário Oficial” do Estado não registra nenhum desses episódios nas estatísticas divulgadas pelo governo. A coluna de homicídios praticados por policiais de folga aparece zerada entre julho e setembro deste ano Conforme informações da reportagem da Folha publicada nesta segunda (9), uma manobra estatística do governo Alckmin ampliou a queda dos homicídios em São Paulo. A mudança de metodologia começou em abril, sem divulgação, quando a gestão tucana passou a excluir das estatísticas de homicídios dolosos as mortes cometidas por PMs de folga em legítima defesa.

Com a estratégia o governo do Estado retirou, em apenas seis meses, 102 mortes das estatísticas oficiais de homicídios, equivalentes a mais de cinco chacinas como a ocorrida em 13 de agosto em Osasco e Barueri (Grande SP). O governo do Estado, em nota, informou que os homicídios praticados por policiais, “seja por meio de chacinas ou em crimes comuns”, sempre foram computados nas estatísticas mensal e trimestral.

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Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

Beto Fortunato

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