Economia & Negócios

Gasolina cai menos do que o esperado após corte nas refinarias da Petrobras

Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o litro da gasolina comum foi vendido, em média, a R$ 5,69, esta semana

O preço médio da gasolina nos postos brasileiros caiu R$ 0,05 por litro esta semana com repasses do corte promovido pela Petrobras em suas refinarias no último sábado (21). Foi a nona semana consecutiva de recuo.

Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o litro da gasolina comum foi vendido, em média, a R$ 5,69, esta semana. O repasse ainda é inferior aos R$ 0,09 por litro esperados pela Petrobras.

Com a sequência de quedas, o preço da gasolina no país volta a patamares de agosto, antes do último aumento da Petrobras. Mesmo antes do repasse desta semana, o produto já vem ajudando a conter a inflação, com forte contribuição na desaceleração do IPCA-15.

O mercado avalia que o corte anunciado pela Petrobras na semana passada deve ajudar a levar a inflação para abaixo do limite de tolerância da meta estabelecida pelo Banco Central para 2023, de 4,75%.

Também refletindo o ajuste feito pela estatal, o preço médio do diesel S-10 subiu R$ 0,07 por litro esta semana, para R$ 6,25. O repasse integral previsto pela empresa era de R$ 0,22 por litro. Com a alta, o combustível é vendido pelo maior preço desde fevereiro.

Fundamental para o transporte de cargas no país, o diesel vem sendo pressionado no mercado internacional por paradas em refinarias nos últimos meses, pela suspensão temporária de exportações russas e pela proximidade com o inverno no Hemisfério Norte.

Na abertura do mercado desta sexta-feira, o preço do diesel vendido nas refinarias da Petrobras estava R$ 0,21 por litro abaixo da paridade de importação calculada pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Na gasolina, a diferença era de R$ 0,11 por litro.

A manutenção desse cenário pode criar complicações para o governo no início de 2024, quando os impostos sobre os combustíveis têm previsão de alta. Em janeiro, está prevista a retomada da cobrança de PIS/Cofins sobre gasolina e diesel.

E, em fevereiro, haverá aumento do ICMS, segundo despachos publicados pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) nesta quinta (26). São os primeiros aumentos desde que o imposto passou a ser cobrado em alíquota única nacional.

O ICMS da gasolina subirá R$ 0,15, para R$ 1,37 por litro. No diesel, a alta será de R$ 0,12, para R$ 1,06 por litro. Já a alíquota do gás de cozinha foi definida em R$ 1,41 por quilo, aumento de R$ 0,16 em relação ao vigente atualmente -em um botijão de 13 quilos, a diferença é de R$ 2,08.

De acordo com a ANP, o preço do etanol hidratado caiu R$ 0,04 por litro esta semana, pata R$ 3,57 por litro. A persistência do etanol em patamares reduzidos reduziu a obrigação da Petrobras em garantir importações de gasolina, que teve impacto em suas contas no segundo trimestre.

No terceiro trimestre, a perda de competitividade em relação ao etanol reduziu as vendas de gasolina da Petrobras em 4,1%, na comparação com o trimestre anterior. As importações do combustível pela estatal caíram 21,2% no período.

|IDNews® | Folhapress | Beto Fortunato |Via NBR | Brasil

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Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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