Esportes

Basquete do Brasil leva virada de Porto Rico no minuto final nas Eliminatórias

São sete vagas para as seleções da América na Copa do Mundo, que ocorre em 2023 entre os dias 25 de agosto e 10 de setembro


A seleção brasileira de basquete iniciou a segunda fase das Eliminatórias da Copa do Mundo de Basquete com dura derrota diante de Porto Rico, por 75 a 72 nesta quinta-feira, pelo Grupo F, em San Juan. Depois de dominar o placar quase o jogo inteiro, levou a virada no minuto final.

Na segunda-feira, os comandados de Gustavo de Conti, o Gustavinho, hospedam o México em Jaraguá do Sul em busca da reabilitação. Os duelos desta fase também são em ida e volta, mas como enfrentou Colômbia e Uruguai na primeira fase, não precisará repetir os compromissos desta vez. Completa o Grupo F os Estados Unidos, com os quais o Brasil chegou empatado nesta fase com cinco vitórias e somente um revés.

São sete vagas para as seleções da América na Copa do Mundo, que ocorre em 2023 entre os dias 25 de agosto e 10 de setembro, distribuído por três sedes: Japão, Filipinas e Indonésia. Se garantem os três melhores de cada grupo, mais o melhor quarto colocado no geral. O Grupo E tem Canadá, Argentina, Venezuela, República Dominicana, Panamá e Bahamas.

O público presente no Coliseo Roberto Clemente fez bastante barulho para incentivar a equipe da casa ainda na entrada na quadra. A ordem era desestabilizar o Brasil, em melhor momento na competição – Porto Rico tinha três vitórias e três derrotas.

Com desfalques, o Brasil iniciou o jogo com Marcelinho Huertas ao lado de Augusto Lima, Leo Meindl, Rafael Mineiro e Didi. O experiente armador tinha a incumbência de comandar a seleção na ausência do cestinha Bruno Caboclo, desfalque por estar participando da pré-temporada da NBA com o Boston Celtics. Selecionado no Draft pelo campeão Golden State Warriors, Gui Santos também foi ausência, assim como Raulzinho, servindo o Cleveland Cavaliers.

A partida começou com enterrada de Léo Meindl. Logo depois, Didi acertou de três. Os erros dos dois lados, porém, davam a tônica do truncado jogo. Porto Rico até virou. Gustavinho começou a rodar o time cedo e as bolas de três fizeram a diferença no quarto, com cinco acertos. O Brasil abriu 24 a 15 no período com Meindl e Augusto Lima anotando oito pontos cada.

Huertas desencantou no jogo com bela cesta de três no começo do segundo período. Mas Porto Rico cresceu nos contragolpes e encostou com 31 a 30. Gustavinho precisou pedir tempo para corrigir a defesa e tentar parar os pivôs oponentes.

A pausa deu certo e após duas assistências de Huertas em jogadas bem trabalhadas, o Brasil abriu sete pontos (38 a 31), obrigando o comandante rival a parar o jogo. Foram mais de dois minutos sem cestas, até Rafa Luz fazer a bandeja e aproveitar o lance extra pela falta, colocando 10 de vantagem.

Yago converteu dois lances livres antes do intervalo, mas o Brasil não conseguiu parar o ataque de Porto Rico nos 5 segundos que restavam no cronômetro e ainda viu Ortiz mandar de três. O Brasil foi para o vestiário com 43 a 36.

O Brasil voltou do intervalo com duas bandejas de Léo Meindl e uma cesta de três de Lucas Dias para frear o retorno elétrico de Porto Rico, que ameaçou reação. A ordem de Gustavinho era não deixar os portorriquenhos encostarem, apesar do alto número de erros da seleção.

Apesar de orientar e mexer, Gustavinho não conseguia acalmar a equipe. Waters deixou Porto Rico apenas quatro pontos atrás e incendiou a torcida. Mesmo em seu momento mais delicado até então na partida, o Brasil conseguiu se manter na frente ao fechar o quarto com 59 a 52.

Dois erros seguidos e duas cestas de Porto Rico baixaram a vantagem para três. O Brasil precisou de dois minutos para anotar seus primeiros pontos no quarto final, com Rafa Luz. Huertas, com bola de três, tentou tirar o time do sufoco, mas a bola parecia queimar na mão dos brasileiros. E a vantagem foi embora com 64 a 63.

Restando dois minutos, o Brasil tinha 68 a 65. Gustavinho pedia calma ao time e dava orientações aos berros. De longe, Waters empatou com bola de três. Um pisão na linha de Marcelinho Huertas deixou Porto Rico com a posse de bola e a chance de virar quando o jogo estava 70 a 70 e entrava no minuto final.

E Waters, novamente de três, colocou 73 a 70 para os donos da casa, que depois do 12 a 10, sempre estiveram atrás do placar. Lucas Dias falhou no arremesso de três, mas o Brasil ainda recuperou a bola. Lucas Dias diminuiu para um em lances livres. Thompson ampliou para 75 a 72 e Léo Meindl falhou no arremesso para levar o jogo à prorrogação.

Essas partidas contra Porto Rico e México servem de preparação à seleção brasileira para a AmeriCup, que será disputada entre 2 e 11 de setembro no Recife.

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Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

Beto Fortunato

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