Policia

Delegado do Rio é investigado por extravio de 280 kg de cocaína

Renato dos Santos Mariano é suspeito de ter extraviado 280 kg de cocaína que havia sido apreendida em dezembro de 2020 em uma das saídas do Complexo da Maré, na zona norte da cidade.

Um delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro foi alvo de operação da Polícia Federal nesta sexta (20). Renato dos Santos Mariano é suspeito de ter extraviado 280 kg de cocaína que havia sido apreendida em dezembro de 2020 em uma das saídas do Complexo da Maré, na zona norte da cidade.

A reportagem ainda tenta contato com a defesa do delegado. Em nota, a Polícia Civil disse que “repudia qualquer tipo de desvio de conduta e atividade ilícita e reitera seu compromisso no combate à criminalidade”.

O caso é revelado um dia depois da prisão, também no Rio, de quatro policiais civis e um advogado suspeitos de traficar 16 toneladas de maconha para o Comando Vermelho.

A operação da PF desta sexta investiga o envolvimento de agentes da Polícia Civil com o crime organizado. A corporação cumpriu oito mandados de busca e apreensão nesta manhã. Um dos alvos foi a casa de Mariano e a delegacia de Realengo, onde ele é delegado titular.

De acordo com as investigações, Mariano está envolvido no extravio da droga, apreendida dentro de um caminhão por uma equipe da delegacia do Engenho Novo, à época chefiada por ele.
A PF afirma, no entanto, que o caminhão já estava sendo monitorado pela corporação, que sabia a quantidade de droga que havia dentro do veículo -500 kg de cocaína distribuídos em 17 malas, que seriam levadas ao porto do Rio de Janeiro para então sair do país. De acordo com a Polícia Federal, a droga seria apreendida no destino final.

A equipe da delegacia do Engenho Novo, porém, frustrou os planos da PF ao interceptar o caminhão. Na época, a Polícia Civil chegou a noticiar a apreensão da droga, mas a quantidade de cocaína apreendida que foi divulgada divergia do que a Polícia Federal tinha conhecimento.

Segundo Mariano, apenas 7 malas com cerca de 220 kg de cocaína foram apreendidas. O delegado disse à época que a quantidade, avaliada em R$ 6 milhões, seria vendida “pela maior facção criminosa do Rio”.

A PF diz acreditar que a equipe de Mariano se apropriou das outras 10 malas com droga. Além do delegado, outros quatro policiais civis e a irmã de um dos agentes foram alvos da operação desta manhã.

Por causa da investigação, Mariano e os outros policiais deverão usar tornozeleira eletrônica por determinação da Justiça Federal. Eles também foram afastados dos cargos e estão proibidos de deixar o país.

A Justiça também determinou o sequestro patrimonial dos suspeitos, em valor equivalente a R$ 5 milhões.

A operação desta sexta contou com o apoio da Corregedoria Geral da Polícia Civil, que afirmou que abriu procedimentos internos disciplinares contra os suspeitos. A investigação que deu origem a ação é um desdobramento da operação Turfe, deflagrada pela PF em fevereiro do ano passado, em cinco estados, para combater o tráfico internacional de drogas.

|IDNews® | Folhapress | Beto Fortunato |Via NBR | Brasil

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Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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