Educação & Cultura

Em estudo, aluna de Farmácia da Uniara avalia método de cicatrização de feridas com filmes biopoliméricos

Trabalho foi orientado pela professora Flávia Aparecida Resende Nogueira

A estudante do curso de Farmácia da Universidade de Araraquara – Uniara, Paula de Abreu Fernandes, desenvolveu o estudo “Avaliação pelo método in vitro de cicatrização de feridas com filmes biopoliméricos de Cucumis melo L. (melão)”, sob orientação da professora Flávia Aparecida Resende Nogueira. O trabalho foi apresentado no I Congresso de Iniciação Científica em Biotecnologia e VI Fórum de Iniciação Científica do Programa de Iniciação Científica em Biotecnologia – PICBiotec, realizado no dia 18 de agosto, na instituição.

“No projeto de 2022, realizei o ensaio de citotoxicidade do filme de melão tanto lavado quanto não lavado. Já neste ano foi dada a sua continuidade, quando realizei o ensaio de cicatrização in vitro, usando os mesmos filmes”, inicia a estudante, mencionando que a pesquisa teve como colaboradores José Alberto Paris Junior e Hernane da Silva Barud.
O trabalho já foi finalizado. “As conclusões são: o estudo busca a produção de filmes com possível aplicação como biocurativos, e os resultados obtidos colaboram na análise de potenciais riscos associados ao uso desses biomateriais, e como perspectiva, deve-se explorar esse efeito inibitório na migração celular usando células tumorais, bem como os mecanismos antiangiogênicos para prevenção de metástase”, explica Fernandes.

Nogueira conta que o projeto de sua orientanda envolve a bioeconomia circular. “Foram produzidos filmes biopoliméricos a partir de subprodutos do melão, da melancia e da cebola, o que abrange a questão de se evitar o desperdício de alimentos, sendo que, a partir de produtos que são degradados, é possível produzir novos materiais com alto valor agregado. Nós verificamos a influência desses filmes no processo de cicatrização celular, para que possam ser usados como biocurativo”, destaca a docente.

Nos resultados observados, segundo ela, esses filmes impedem a migração de células, “então, é algo que pode ter aplicabilidade, por exemplo, em cicatrizes hipertróficas, em queloides”. “Novos e mais aprofundados estudos precisam ser realizados, mas vimos que esses materiais têm um efeito biológico em queratinócitos humanos, impedindo a migração de células”, reforça.

A professora destaca ainda que Fernandes é uma excelente aluna, “sempre muito ativa e dedicada”. “Ela entrou para fazer iniciação científica no grupo de pesquisa – Laboratório de Mutagenicidade e Toxicidade – LAMUT – no seu segundo ano de graduação e teve bolsa da Fundação Nacional de Desenvolvimento do Ensino Superior Particular – FUNADESP. Desenvolveu seu projeto de pesquisa com a ajuda de alunos de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Medicina Regenerativa e Química Medicinal – PPGB-MRQM da Uniara, apresentou esses resultados em diversos outros eventos e, agora, com o estudo finalizado, vai defender seu Trabalho de Conclusão de Curso”, finaliza Nogueira.

Informações sobre o curso de Farmácia e o PPGB-MRQM da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.

| IDNews® | Beto Fortunato | Via Assessoria de Imprensa Uniara|

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Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

Beto Fortunato

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