Araraquara

O que é o bruxismo?


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O que é o bruxismo?

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Docente de Odontologia da Uniara fala sobre consequências do problema e formas de controlá-lo

IDN – Interior – Araraquara

“O bruxismo é uma atividade oral repetitiva dos músculos da mastigação. Caracteriza-se pelo ranger, apertar ou esfregar dos dentes entre si durante o sono – bruxismo do sono – BS -, ou ainda, encostar/esfregar os dentes ou manter a mandíbula forçadamente em uma certa posição sem necessariamente encostar os dentes entre si enquanto acordado – apertamento diurno ou bruxismo em vigília – BV”, explica a professora do curso de Odontologia da Universidade de Araraquara – Uniara, Ana Lúcia Franco Micheloni, que fala sobre consequências do problema e formas de controlá-lo.

Ela menciona que o bruxismo não deve necessariamente ser considerado um transtorno, “mas um comportamento que pode ser fator de risco e/ou de proteção para determinadas consequências clínicas”. “Essas condições, quando primárias – idiopáticas -, ou seja, sem que haja outras patologias que justifiquem sua ocorrência, apresentam causas distintas e ainda não muito bem esclarecidas. A etiologia do BS é multifatorial e parece ter relação com variações nos níveis de algumas substâncias – neurotransmissores – no sistema nervoso central. Já o BV parece ser uma resposta do organismo frente à ansiedade e ao estresse. Mecanismos genéticos parecem também influenciar na presença dessas condições”, esclarece.

A literatura internacional, de acordo com Ana Lúcia, sugere que aproximadamente 20% da população adulta apresente bruxismo em vigília, enquanto aproximadamente 8% a 12% dos adultos apresentem bruxismo do sono. “Ambas as condições podem afetar todas as faixas etárias e, em termos de consequência, ele pode ser considerado como um comportamento inofensivo, como um comportamento de risco – quando tem uma ou mais consequências negativas – ou como um fator de proteção frente a outras condições sistêmicas, como o aumento do fluxo salivar oral para neutralizar a acidez proveniente de um refluxo gastroesofágico”, detalha.

As principais consequências negativas descritas pela professora são desgaste anormal dos dentes; fraturas de dentes e/ou restaurações; dor, sensibilidade, fadiga e/ou desconforto nos músculos da mastigação; hipertrofia dos músculos da mastigação, e cefaleias.

“O grau de comprometimento pode variar entre fatores e entre indivíduos. Infelizmente não há como evitar e nem eliminar totalmente o bruxismo idiopático, mas existem formas de controlá-lo, especialmente para limitar os danos secundários que essas atividades podem ocasionar. Os principais métodos empregados para isso são: educação do paciente, mudança de comportamento, uso de aparelhos intraorais – placas de mordida -, técnicas de relaxamento e biofeedback, exercícios físicos, técnicas de higiene do sono e injeções de toxina botulínica, entre outras”, aponta Ana Lúcia.

Para o tratamento da dor, ela comenta que o paciente precisa ser devidamente avaliado por profissionais competentes, “pois essa dor pode se apresentar com magnitude leve ou grave e complexa”. “O dentista especialista em avaliar e tratar a dor orofacial decorrente da presença de BS e/ou BV é o especialista em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial. Muitas vezes o diagnóstico e o tratamento dessas dores envolvem uma dimensão multidisciplinar, abrangendo médicos do sono, neurologistas, psiquiatras, psicólogos e fisioterapeutas. As principais formas de tratar a dor orofacial é por meio de modalidades de tratamento conservadoras, que se utilizam basicamente de aconselhamento e instrução do paciente, técnicas de autocuidado, uso de placas de mordida, fisioterapia e medicamentos”, diz.

Ana Lúcia acrescenta que “o BS, por ocorrer durante o sono, muitas vezes não é notado pelo paciente, diferentemente do BV, que é mais fácil de ser percebido e também controlado”. “O padrão-ouro para o diagnóstico do BS é a polissonografia, um exame realizado em clínicas ou institutos especializados para a condução de análises do sono. Apesar disso, os critérios de diagnóstico baseados no autorrelato e exame clínico são bastante empregados, pois provêm de uma base confiável para identificação da presença dessa(s) condição(ões). Por isso a avaliação com um especialista é importante, inclusive para identificar não apenas a presença dessas condições, mas a existência e o nível de danos a elas relacionados”, finaliza.

Informações sobre o curso de Odontologia da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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