Zona Norte precisa de muita atenção e polícias sociais urgentes

Zona Norte precisa de muita atenção e polícias sociais urgentes, diz deputada Márcia Lia
Parlamentar acompanhou o prefeito Edinho Silva, secretários e vereadores em atividade com moradores da região do Selmi Dei, neste sábado

16JAN2017| 14.55
Assessoria Dep. Márcia Lia

A deputada Márcia Lia acompanhou o prefeito Edinho Silva, secretários e vereadores do PT em uma atividade na Zona Norte de Araraquara, na manhã deste sábado (14), em que os moradores da região puderam falar dos principais problemas dos bairros. Nos últimos anos, a área em que estão os Jardins Selmi Dei e Adalberto Roxo ficou superadensada com a construção de conjuntos habitacionais e a chegada de cerca de 15 mil novos moradores, mas a estrutura urbana não chegou na mesma proporção.

 “Ficou evidente que a região tem mais problemas do que a gente pode ver. Há carências em todos os setores porque a região ganhou milhares de novos moradores e, na contramão, não recebeu a infraestrutura e o suporte social necessários. Mas nós fomos até o bairro para apresentar soluções, e não reforçar os problemas. Há limites, mas vamos fazer aquilo que é possível para melhorar a vida da população”, falou Márcia Lia aos moradores.

 Coordenadora da Participação Popular na primeira gestão de Edinho Silva em Araraquara, Márcia Lia falou da felicidade em voltar a fazer encontros com os moradores para discutir os caminhos da administração da cidade. “É muito emocionante voltar a esta região para estar com as pessoas que constroem Araraquara e ajudar a resolver os problemas que temos aqui”, disse.

 Na atividade realizada pela Secretaria de Planejamento e Participação Popular, as quase 200 pessoas presentes se queixaram do transporte coletivo, da falta de creche e escola, do atendimento das unidades de saúde, falta de pediatra e dentista e do aparelho de raio-x quebrado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Valle Verde, iluminação pública ruim, taxa do lixo abusiva, tráfico, furto e roubo e falta de espaço de lazer para crianças e jovens.

 As mães revelaram haver muitas crianças do bairro fora das creches e escolas – a falta de vaga nas proximidades obrigada os alunos a irem para unidades distantes, mas muitas chefes de família optaram por deixá-los fora da rede de ensino. “A maioria das mães aqui é chefe de família, trabalha fora e não está com os filhos durante o dia. Nós não temos onde deixar as crianças, não tem um espaço onde eles possam ficar quando não estão na escola para fazer algo útil”, pediu uma delas.

Os moradores reclamaram da falta de ônibus às 5 horas, quando a maioria precisa deixar o bairro para atravessar a cidade até as regiões onde trabalham, também pediram uma delegacia no bairro, telefones públicos e ajuda para legalizar os comércios informais que surgiram com a chegada dos novos núcleos habitacionais.

O prefeito Edinho Silva explicou à população que o orçamento municipal deste ano foi definido pela antiga gestão, portanto ele pode apenas administrar o que lhe foi passado, mas no próximo ano os investimentos serão feitos por ele a partir do que a população definir como prioridade nas atividades do Orçamento Participativo.

Edinho se comprometeu a resolver o desabastecimento de água em 45 dias – um novo poço está sendo perfurado e outro recuperado; vai rever a taxa de lixo associada à cobrança de água; e pediu ao coordenador de Esportes, André Talora, que localize uma área do município no bairro para a realização de oficinas de dança, esportes e outras artes. “Além disso, eu mesmo estou em contato com a CPFL para resolver o problema do raio-x. O transformador da UPA hoje não suporta a carga de energia exigida pelo raio-x em funcionamento. É só ligar que a energia de toda a unidade cai. É preciso trocar o transformador, mas eu já estou resolvendo isso. Mas com 12, 15 mil pessoas novas aqui no bairro, o ideal era ter duas UPAs nessa região”, disse o prefeito, aplaudido e apoiado pelos moradores.

O vice-prefeito Damiano Neto, que é secretário de Trabalho e Desenvolvimento Econômico, também irá orientar os moradores quanto à legalização dos novos comércios e o diretor de operações da Paraty, Alexandre Carvalho Ferreira, ouviu os pedidos da população para resolver a deficiência do transporte coletivo no bairro.

Esta semana, entre os dias 16 e 20 de janeiro, haverá um plantão do setor de habitação da Prefeitura no bairro para tratar de questões referentes à moradia, com a participação da Caixa Econômica Federal. Diante de denúncias de irregularidades como casas desocupadas, trocadas por carro e alugadas, o prefeito quer que os contratos sejam revistos. “É preciso colocar a Caixa nesse mutirão e reavaliar todos os contratos. São muitas pessoas alegando que as casas foram dadas a quem não tinha essa necessidade”, disse o prefeito.

O chefe do Executivo se comprometeu em fazer uma horta comunitária na região e revelou aos moradores que já está avaliando a legislação para retomar o programa Frentes de Trabalho o mais rápido possível. “Há coisas que vamos resolver imediatamente, mas as obras grandes, de postinho, escola e creche, vão levar mais tempo”, justificou.

Também estiveram na atividade os secretários Donizete Simioni (Gestão e Finanças), Clélia Mara Santos (Educação), Priscila Luiz (Comunicação), Teresa Telarolli (Cultura), Juliana Picoli Agatte (Planejamento e Participação Popular), Wellington Cyro de Almeida Leite, superintendente do Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae); a coordenadora de Habitação, Mara Gomes, o coordenador de Esportes, André Talora, representando o secretário Everson Inforsato, o Dicão, e Fernanda Teixeira Rodrigues, responsável pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e representante da secretária de Saúde, Eliana Honaim.

 O encontro ainda contou com os vereadores Thainara Faria, Toninho Mel, Paulo Landim e Edio Lopes, do Partido dos Trabalhadores; o coordenador de políticas para a Juventude, Guilherme Floriano, e o coordenador do Centro Afro, Luiz Fernando.