Educação & Cultura

Em estudo, alunas de Medicina da Uniara rastreiam doenças cardiovasculares em pacientes com diabetes

Pesquisa rendeu à estudante Lara Baldim Bessi uma bolsa do PIBIC/CNPq da universidade

A aluna do curso de Medicina da Universidade de Araraquara – Uniara, Lara Baldim Bessi, foi contemplada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC/CNPq da universidade pelo estudo “Rastreio de doenças cardiovasculares em pacientes com diabetes em núcleo de gestão assistencial”, realizado juntamente com a colega de turma Nathália Ferragut e orientado pela professora Camila Linhares Taxini Passos.

“A aterosclerose é uma doença crônica dos vasos sanguíneos que consiste na deposição de colesterol nas paredes dos vasos sanguíneos – artérias -, o que dificulta o fluxo sanguíneo. Nos pacientes diabéticos, essa condição se instala de maneira mais acelerada do que naqueles sem a doença e, por isso, há aumento considerável do risco de eventos cardiovasculares – infarto agudo do miocárdio – e cerebrovasculares – AVC, e oclusões arteriais periféricas, como nas artérias das pernas, por exemplo. Por isso, o rastreio dessa população é importante e, assim podemos intervir antes que eventos indesejáveis aconteçam, já que a aterosclerose é assintomática”, iniciam as graduandas.

Elas mencionam que, a partir de um teste simples, chamado de índice tornozelo-braquial – ITB, é possível fazer um cálculo e conseguir estimar se há algum tipo de obstrução arterial. “Esse teste consiste na aferição da pressão arterial sistólica – a pressão arterial máxima – dos membros superiores e inferiores, com o auxílio de um doppler vascular. O valor encontrado no cálculo pode indicar a presença de doença arterial obstrutiva periférica – DAOP ou calcificação das artérias, o que é relativamente comum em pacientes diabéticos”, explicam.

Nos dois casos, é interessante que esses pacientes sejam acompanhados mais de perto, de acordo com as estudantes, para se evitar complicações, instituindo-se hábitos de vida mais saudáveis, como cessar o fumo, reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, ter alimentação saudável, praticar atividade física e reduzir o peso, entre outros.

“O estudo já está em andamento e, mesmo que poucos dados tenham sido coletados, já conseguimos notar alguns valores de ITB alterados, sobretudo em pacientes diabéticos diagnosticados há mais tempo e que fazem uso de insulina. Nenhum desses pacientes teve algum dos desfechos desfavoráveis – infarto agudo do miocárdio, AVC -, então, enxergamos uma grande janela de oportunidades para intervenção”, apontam Bessi e Ferragut.

Quanto à relevância social da pesquisa, “acreditamos que o rastreio de doenças cardiovasculares, especialmente em pacientes diabéticos, permitirá traçar os perfis de pacientes que devem receber atenção especial, no que diz respeito aos riscos de AVC e infarto agudo do miocárdio”. “E, para isso, o ITB é um ótimo método, já que é um exame rápido de se realizar, de baixo custo e não invasivo, sem oferecer risco algum ao paciente”, destacam as alunas.

A partir do do ITB, segundo elas, é possível ter um parâmetro de como está a saúde arterial do paciente, detectando-se possíveis problemas que, até então, estavam silenciosos, para que possam ser estabelecidas medidas de prevenção ou de tratamento, quando necessárias. “Tendo em vista que essas doenças lideram o ranking de causas de morte no Brasil, esse estudo tem uma relevância significativa para a saúde pública”, completam Bessi e Ferragut.

Passos, por sua vez, alerta que os indivíduos portadores de diabetes mellitus tipo 2, “o tipo mais prevalente dessa condição”, enfrentam maior vulnerabilidade em relação à ocorrência de doenças cardiovasculares. “Dentre elas, a aterosclerose altera o fluxo sanguíneo nos vasos e sua evolução é a principal causa de óbito desses pacientes. A aplicação do método não invasivo para calcular o ITB representa uma técnica capaz de estimar, de maneira indireta, o fluxo sanguíneo e prever o desenvolvimento de doenças cardiovasculares”, reforça a orientadora.

Ela finaliza dizendo que, desse modo, o rastreamento das condições cardiovasculares em indivíduos diabéticos se apresenta como uma estratégia benéfica, “que permite a intervenção precoce nos fatores de risco e, consequentemente, contribuindo para uma melhor qualidade de vida”.

Informações sobre o curso de Medicina da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.

| IDNews® | Beto Fortunato | Via Assessoria de Imprensa Uniara|

About Beto Fortunato
Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *