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Juiz proíbe divulgação de pesquisa Datafolha em SP a pedido de Russomanno

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| IDNews®|Brasil | Via BR Político  | Marcelo de Moraes

Pesquisa do Ibope mostra o tucano abrindo 19 pontos sobre candidato do Psol na reta final para o primeiro turno

ÏDN – POLÍTICA

O prefeito Bruno Covas (PSDB) ampliou sua vantagem na disputa pela Prefeitura de São Paulo, subindo de 26% para 32% na semana final antes do primeiro turno. Segundo pesquisa Ibope/TV Globo/Estadão, divulgada nesta segunda-feira, o tucano abriu uma vantagem de 19 pontos para Guilherme Boulos, do Psol, que tem 13%. É a primeira vez que ele aparece numericamente à frente de Celso Russomanno (Republicanos), que soma 12%, e de Márcio França (PSB), com 10%. Por conta da margem do erro, os três estão em situação de empate técnico.

Derreteu. Se Covas está crescendo no momento mais decisivo da campanha, Russomanno vive a situação oposta. Desde que passou a receber o apoio público de Jair Bolsonaro, o candidato despencou nas pesquisas. Depois de chegar a co-liderar a corrida ao lado de Covas, o deputado federal perdeu o fôlego. Na última pesquisa do Ibope, feita dia 30, ainda alcançava 20%. Nos últimos dez dias perdeu oito pontos. Russomanno corre o risco de repetir a perda de fôlego político exibido nas eleições de 2012 e 2016, quando também saiu na frente e ficou pelo caminho. Este ano, a associação com Bolsonaro foi um movimento que deu errado. O presidente tem, nesse momento, um alto índice de rejeição entrevo eleitorado paulistano e usá-lo como padrinho político vai custando caro a Russomanno. Mesmo reduzindo as referências a Bolsonaro nos últimos dias, a perda de apoio não foi contida.

Apertou. Mesmo em queda, Russomanno ainda tem chances de chegar ao segundo turno pois perde apenas numericamente para Boulos, mas também está embolado com França. Isso significa que a disputa pela vaga no segundo turno contra Covas vai ser definida por algum detalhe dos últimos movimentos de campanha. E isso pode acontecer, por exemplo, no debate que o Estadão realiza nessa terça-feira com os candidatos. Se Covas assegurou a liderança, o segundo lugar segue completamente aberto e as campanhas devem esquentar até a votação de domingo.

Efeito Biden. Mirando para uma eleição bem mais distante, políticos da chamada faixa de Centro e Centro-Direita começaram a botar seu bloco na rua em relação à sucessão de Bolsonaro em 2022. Certamente embalados por uma espécie de “efeito Biden”, que reuniu uma ampla aliança para derrotar Donald Trump, o ex-ministro Sérgio Moro confirmou que conversou recentemente com o apresentador Luciano Huck sobre a construção de uma candidatura de centro para suceder Bolsonaro, mas sem definir quem seria o candidato. A conversa irritou a esquerda, que não topa nenhuma aliança que inclua Moro, e incomodou outros nomes de Centro, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que classificou Moro como extrema-direito. Disse também que não há hipótese de apoiar Moro, que também desperta ódios dentro do Congresso desde os tempos da Lava Jato.

Climão. Os movimentos de Moro incomodaram políticos de centro porque flerta com Luciano Huck, considerado um nome valioso na formação da frente ampla contra Bolsonaro. Para baixar a poeira de uma disputa que só acontecerá daqui a dois anos, Huck convidou Maia para almoçar com ele no Rio e dizer que não há nada fechado com Moro. Maia preferiu afirmar publicamente que essa discussão estava sendo muito antecipada – o que é verdade – e isso era um erro. Especialmente num momento em que há uma agenda econômica travada no Congresso pela má condução do governo de sua agenda de interesses e pela disputa dos deputados pelo controle da Câmara. Mas, apesar do discurso, Maia disse a um amigo que incluir Moro não agrega nada para uma chapa de centro que se pretenda ampla. Pelo contrário, ajuda a carimbar a chapa como sendo de direita, correndo atrás do mesmo eleitorado de Bolsonaro, sem conseguir ampliá-lo.

About Beto Fortunato
Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

Beto Fortunato

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