Araraquara

Menopausa: 1.153 pessoas atendidas nas unidades de saúde no segundo semestre de 2022 

Informações foram fornecidas por Secretaria após questionamentos da vereadora Fabi Virgílio (PT) 

ARARAQUARA – Unidades de saúde – Menopausa


A menopausa é o período de transição fisiológica entre as fases reprodutiva e não reprodutiva de mulheres cisgênero, homens transexuais, pessoas intersexo e não binárias, compreendendo cerca de um terço da sua vida.

Pensando nos cuidados necessários durante a menopausa, a vereadora Fabi Virgílio (PT) protocolou requerimento no início de fevereiro, solicitando informações sobre o atendimento de pessoas na menopausa pela rede pública de saúde em Araraquara.

A parlamentar destacou que o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população brasileira, constatados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fazem com que a temática em questão necessite de maior atenção do poder público.

Em resposta, o coordenador executivo de Assistência Especializada, Misael Emilio, informou que o acompanhamento das pacientes em transição do período reprodutivo para o não reprodutivo, chamado menopausa, ocorre pela rede de Atenção Básica em Saúde (CMSs e ESFs) e na Atenção Secundária (Ambulatório de Climatério e Menopausa). “Em resumo, após médicos da Atenção Básica avaliarem e identificarem a necessidade de um cuidado mais específico, encaminham as pacientes ao Ambulatório de Atenção à Saúde da Mulher, para inserção no programa de Climatério, respeitando e seguindo um protocolo.” O protocolo pode ser consultado entre os anexos da resposta.

O coordenador explica que o atendimento inicial se dá através de acolhimento e escuta qualificada por equipe multiprofissional nas unidades de saúde, com a identificação dos motivos do contato, realizando o direcionamento para o atendimento necessário. “No último semestre, foram atendidas 1.153 pessoas com idades entre 50 e 69 anos com queixas ou problemas relacionados à menopausa”, detalha.

Acompanhamento e tratamento 

Emilio pontua que os acompanhamentos são feitos seguindo os protocolos da Atenção Básica do Ministério da Saúde, sendo realizados oportunamente e através de convocação de pessoas em faixa etária entre 25 e 64 anos, com coleta de material para exame citopatológico e mamografia bianual para mulheres entre 50 e 69 anos e, anualmente, para pacientes com alto risco para desenvolvimento de câncer de mama, a partir de 35 anos. “Na oportunidade, exploram-se as queixas e outras demandas relacionadas ao ciclo de vida, na tentativa de resolução na Atenção Primária em Saúde ou encaminhamento para Atenção Secundária mediante a necessidade, conforme preconizado em protocolo.”

Ele afirma que existem medicações de reposição hormonal ofertadas pela rede de saúde, conforme descrito pela Gerência de Assistência Farmacêutica em ofício também anexado ao documento de resposta.

Sobre tratamentos alternativos, o coordenador relata que, no presente momento, eles não são ofertados especificamente para essa patologia. “Tais ações estão inseridas nas Práticas Integrativas Complementares (PICs) e abrangem várias outras condicionalidades.”

O mesmo ocorre em relação ao acompanhamento psicossocial, já que não há algo específico para a menopausa. “Mas quando identificada uma complicação psicológica decorrente desta condição, são encaminhadas para os serviços de saúde mental, de acordo com o grau de complexidade.”

Finalizando, Emilio detalha que o atendimento deste público teve início em agosto de 2022, com o Ambulatório de Climatério, dentro do Ambulatório de Atenção à Saúde da Mulher, sendo uma iniciativa piloto, com um olhar voltado a essa transição e suas complicações na vida das mulheres cisgênero, homens transexuais, pessoas intersexo e não binárias. “Hoje, são acompanhadas 30 pessoas, e a ideia é ir ampliando a oferta e pensando em outras possibilidades, inclusive educativas, que visem a atenuar os sintomas e melhorar a qualidade de vida no decorrer da menopausa”, completa.

O que é climatério? 

É uma fase da vida de mulheres cisgênero, homens transexuais, pessoas intersexo e não binárias em que várias condições clínicas podem aparecer, de maneira a interferir na sua qualidade de vida e predispor a doenças que surgem em decorrência dessa fase.

O conhecimento e o adequado manejo dessas alterações traz para a pessoa climatérica uma melhor condição de saúde, tanto física como psicossocial.

Conscientização 

Recentemente, Fabi protocolou um projeto de lei que cria a Semana Municipal da Conscientização sobre a Menopausa e a inclui automaticamente no Calendário Oficial de Eventos do Município de Araraquara.

De acordo com a propositura, o evento é uma forma de promover informação, assistência e amparo à saúde física e mental durante o período da menopausa e deverá realizado anualmente, na semana do dia 18 de outubro, quando é comemorado o Dia Mundial da Menopausa, com uma série de campanhas educativas, palestras, seminários, debates e apresentação de pesquisas, tudo voltado para a melhora na qualidade de vida das pessoas na menopausa.

“A menopausa é um período de grandes alterações hormonais que resultam em sintomas físicos e psicológicos e, se não houver o devido cuidado e acompanhamento, eles podem comprometer a qualidade de vida e as relações pessoais e sociais das pessoas. Por isso, é necessário ter esta estrutura de amparo com políticas públicas eficientes, humanizadas, equitativas e integrais”, avalia a vereadora.

| IDNews®| Brasil |Beto Fortunato |Via  Assessoria de Imprensa | Câmara Municipal de Araraquara

About Beto Fortunato
Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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