Educação & Cultura

Violência sexual infantojuvenil é tema de trabalho de alunas de Psicologia da Uniara

TCC de Isabella Andrade Merlos, Iasmin Jacobino Vaz de Carvalho e Larissa Cristiane da Silva foi orientado pelo professor Fábio Mastroianni

As alunas da graduação de Psicologia da Universidade de Araraquara – Uniara, Isabella Andrade Merlos, Iasmin Jacobino Vaz de Carvalho e Larissa Cristiane da Silva, apresentaram o estudo “Estratégias de Enfrentamento e Prevenção da Violência Sexual Infantojuvenil: uma Revisão Bibliográfica” como Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, sob orientação do professor Fábio Mastroianni.

“O estudo teve como objetivo identificar estratégias de prevenção da violência sexual infantojuvenil – VSIJ na literatura nacional. Destaca-se a complexidade do tema, ressaltando a necessidade de abordagem multidisciplinar e esforços colaborativos. Entre as estratégias identificadas, o treinamento de profissionais e a educação sexual se destacam como eficazes para a prevenção da VSIJ. Contudo, observa-se resistência de setores conservadores à discussão aberta sobre sexualidade, vinculada a tabus e a uma educação que foca apenas na prevenção de infecções sexualmente transmissíveis – ISTs, HIV e gravidez indesejada”, iniciam as estudantes.

Elas colocam que um desafio adicional é a falta de preparo dos profissionais da saúde e educação, “perpetuando tabus e visões conservadoras sobre sexualidade”. “Diante disso, destaca-se a necessidade de iniciativas que promovam a capacitação adequada desses profissionais, tanto na formação inicial quanto na educação continuada. O estudo conclui ressaltando a importância de se criar espaços de discussão, principalmente nas escolas, para uma abordagem mais segura e abrangente da educação sexual; reconhece o papel crucial da família na formação sexual dos estudantes e destaca a necessidade de colaboração entre escola, estratégia de saúde da família e família para criar um ambiente seguro para crianças e adolescentes”, apontam.

“A pesquisa sobre a prevenção da VSIJ é essencial para proteger os mais vulneráveis, desenvolver estratégias eficazes, promover uma abordagem multidisciplinar e enfrentar desafios culturais que possam impedir a implementação bem-sucedida de medidas preventivas”, afirmam Merlos, Carvalho e Silva.

Mastroianni comenta que, embora o tema escolhido por suas orientandas para o TCC seja trabalhado cientificamente, “o senso comum compreende e concorda sobre a importância de se trabalhar esses aspectos junto a crianças e adolescentes”. “É um tema muito importante para evitar essa forma de crime hediondo. O que as alunas procuraram fazer nesse TCC foi reunir a principais estratégias técnicas e procedimentos utilizados que são publicados cientificamente, sobre o valor disso na literatura científica nacional”, explica o docente.

Em sua pesquisa, as graduadas encontraram, segundo ele, dinâmicas de grupos, utilização de cartilhas e de material específico para algumas populações, “como deficientes ou adolescentes com deficiência intelectual, um grupo bastante vulnerável em relação à violência sexual”. “São técnicas bastante importantes, além de oficinas e treinamentos específicos para profissionais da saúde e também educadores”, salienta.

Dentro do trabalho, foi dado grande destaque à educação sexual, de acordo com Mastroianni. “Ela trabalha de uma forma mais abrangente e considera que a formação, tanto dos educadores nesse tema quanto de crianças e adolescentes para essa temática, é importante para se trabalhar o desenvolvimento saudável da sexualidade e, portanto, se transforma em uma forma de prevenir a VSIJ. O problema é que esse tema ainda tem bastante questionamento por parte da sociedade. Alguns entendem a educação sexual como um incentivo à sexualidade, para crianças e adolescentes, o que não é o caso. Pelo contrário: ela trabalha com a sexualidade de forma mais ampla, podendo ser uma ferramenta de prevenção da VSIJ”, avalia o orientador.

O TCC “ficou bastante interessante, uma revisão bibliográfica, mas pode ser ampliado para pesquisas de campo”. “Pode-se buscar, por exemplo, na região de Araraquara, o que tem sido feito nas escolas e por profissionais da saúde, para prevenir esse tema”, finaliza o docente.

Informações sobre o curso de Psicologia da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.

| IDNews® | Beto Fortunato | Via Assessoria de Imprensa Uniara|

About Beto Fortunato
Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *